Gripe aviária em granjas comerciais em SC e TO continuam

Análises iniciais teriam apontado para resultados com baixa carga viral ou possível degradação do material genético viral, tornando inviável sequenciamento direto do vírus

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, em nota, que as investigações de suspeitas de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, H5N1) em granjas comerciais em Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC) continuam em andamento. De acordo com o ministério, as análises das amostras coletadas prosseguem.

“Todas as etapas estão sendo conduzidas com rigor técnico, de acordo com os padrões internacionais, e seguem como prioridades da defesa agropecuária brasileira”, afirmou a pasta.

O ministério informou que as análises iniciais apontaram para resultados com baixa carga viral ou possível degradação do material genético viral, o que tornou inviável o sequenciamento direto do vírus. Nesses casos, segundo a pasta, as amostras estão sendo inoculadas em ovos embrionados com o objetivo de isolar o patógeno e aumentar a quantidade de material genético disponível para a realização de provas complementares, conforme preveem os protocolos da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). As análises estão sendo feitas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA), referência no país para a doença.

O Mapa divulgou ainda que o mesmo procedimento já foi aplicado em 33 amostras suspeitas ao longo do último ano em um total de 1.529 amostras analisadas, cerca de 2,2% do total.

A manifestação do ministério ocorre após a Secretaria de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina ter informado em nota que a suspeita de gripe aviária em plantel comercial do município de Ipumirim havia sido descartada.

Segundo a secretaria, “a informação foi confirmada pelo Mapa na manhã desta quinta-feira (22), por meio de laudo oficial, onde informou não se tratar de caso de influenza aviária de alta patogenicidade”.

Ao todo, há 12 investigações de suspeita de gripe aviária em andamento no país, conforme atualização mais recente da plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura, às 19h de quinta-feira (22). As investigações estão em andamento com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

De acordo com os dados da plataforma, duas investigações são em plantas comerciais: em uma granja de pintinhos de cinco dias em Ipumirim (SC) e em um abatedouro de aves em Aguiarnópolis (TO).

Outras sete suspeitas são investigadas em aves de subsistência em Gaurama (RS), Capela de Santana (RS), Concórdia (SC), Angélica (MS), Salitre (CE) e em Eldorado do Carajás (PA).

Há ainda três suspeitas envolvendo aves silvestres em Castelo (ES), em Ilhéus (BA) e em Icapuí (CE). Essas investigações são corriqueiras no sistema de defesa agropecuária nacional, já que a notificação é obrigatória.

A influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) é uma doença de notificação obrigatória imediata aos órgãos oficiais de defesa sanitária animal do país. Produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de animais devem notificar imediatamente os casos suspeitos da doença ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).

O Brasil já realizou mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária desde maio de 2023, quando houve a primeira ocorrência em ave silvestre, segundo o Ministério da Agricultura. Até o momento, há um caso confirmado de gripe aviária em granja comercial no país, em Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

No total, o Brasil já registrou 164 casos da doença em animais silvestres (sendo 160 em aves silvestres e 4 em leões-marinhos), 3 focos em produção de subsistência, de criação doméstica, e 1 em produção comercial, somando 168 ao todo no país.

 

Fonte: Canal Rural

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