O investimento inicial será de R$ 42,8 milhões e deve atender até mil famílias
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, lançam neste sábado (24/5) o Programa Solo Vivo, para incentivar a recuperação e correção de solo. O investimento inicial será de R$ 42,8 milhões e deve atender até mil famílias. A cerimônia será realizada em um assentamento da reforma agrária em Campo Verde (MT).
“Nosso objetivo é recuperar áreas degradadas, fortalecer a agricultura e aumentar a competitividade dos nossos produtos. Esse trabalho terá um impacto na vida de muitas pessoas”, afirmou o ministro, em nota.
A iniciativa é uma parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do estado de Mato Grosso (Fetagri-MT), responsável pela gestão do projeto, e com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que ficará a cargo dos estudos técnicos.
A partir dessas análises laboratoriais sobre a deficiência de minerais no solo, o programa vai identificar as necessidades de cada propriedade e fazer a aplicação dos insumos necessários, principalmente calcário e fosfato.
O trabalho de correção será acompanhado em tempo real por meio de uma plataforma digital de gestão, chamada Operation Center, que permite monitorar a localização das máquinas, as atividades em andamento e o desempenho de cada operação no campo.
“Isso garante total transparência e eficiência na execução das ações”, destaca César Pardini, consultor do Ministério da Agricultura.
Divino Martins, presidente da Fetagri-MT, diz que os agricultores familiares precisam melhorar as condições do solo de suas propriedades para obter melhores produtividades e aumentar a qualidade dos alimentos produzidos.
“Nossos solos estão cansados, desgastados de tantos anos de uso sem o devido cuidado com a reposição de nutrientes. O projeto vem para corrigir isso, recuperar essas terras e permitir que os agricultores produzam com mais qualidade e segurança”, explica, em nota.
Nesta primeira etapa, entre 800 e mil famílias serão atendidas, em propriedades com média de 10 a 15 hectares cada, dentro dos assentamentos.
O projeto piloto em MT contempla ações em 10 municípios de Mato Grosso: Alto Araguaia, Campo Verde, Poconé, Rosário Oeste, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia, Matupá, Juína, Pontes e Lacerda e São José dos Quatro Marcos. Inicialmente, as atividades começam pelos cinco primeiros: Campo Verde, Poconé, São José dos Quatro Marcos, São Félix do Araguaia e Juína.
Análises de solo
O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) será o responsável por realizar os estudos técnicos e orientar as práticas de correção do solo.
“O Solo Vivo é um exemplo prático de atividades de extensão que fazem diferença na vida das pessoas. Vai atuar diretamente no aumento da produtividade dos produtores dos assentamentos, gerando renda, emprego e ajudando a fixar o homem e a mulher no campo”, afirma Júlio César dos Santos, reitor do IFMT.
Fonte: Globo Rural