Associação integra comitiva do Ministério da Agricultura e propõe alinhamento regulatório com o maior parceiro comercial do Brasil
A CropLife Brasil (CLB), associação de empresas que atuam na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias agrícolas, participa nesta semana de missão oficial à China com o objetivo de avançar em um acordo de convergência regulatória para a aprovações de biotecnologias.
A agenda oficial começou com um encontro promovido pela entidade, que reuniu o ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, secretários de governo e representantes de associadas.
O diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, explica que a assincronia de aprovações com a China impede a ampliação das vendas ao país asiático e que o foco é garantir o acesso rápido às inovações.
“O objetivo é buscar essa convergência regulatória para aprovação de produtos de biotecnologia. Temos sido muito eficientes na aprovação de novos eventos transgênicos. Com cerca de um a um ano e meio após a submissão, o produto já está aprovado e poderia estar disponível aos produtores brasileiros, mas isso não é possível enquanto não houver a mesma aprovação na China, o que tem levado um tempo bem maior.”
Fávaro e representantes de associadas CropLife Brasil do setor de biotecnologia (Foto Lucas Costa/MAPA)
A missão ocorre no contexto da celebração dos 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China, caracterizadas pela cooperação e por intensos fluxos comerciais.
Em 2024, as exportações brasileiras para o país asiático acumularam US$ 50 bilhões, com destaque para soja e carne, o que reforça a contribuição decisiva para a segurança alimentar do país asiático.
Em paralelo, essa demanda chinesa ajuda a impulsionar o agronegócio brasileiro e leva desenvolvimento social e econômico para os produtores nacionais.
Fávaro e a diretora de Biotecnologia na CropLife Brasil, Catharina Pires (Foto: Lucas Costa/MAPA)
“Os dois países enfrentam o desafio crucial de alimentar uma população crescente de forma sustentável. Os agricultores precisam aumentar a produção de alimentos por unidade produtiva ao mesmo tempo em que precisam conservar os recursos naturais e lidar com as mudanças climáticas. Neste cenário, é fundamental que tenham acesso às inovações mais eficazes e sustentáveis. Nesse sentido, a biotecnologia é fundamental para atingir este fim,” explica a diretora da área na CropLife Brasil, Catharina Pires, que também integra a missão.
O Brasil possui 56,9 milhões de hectares cultivados com transgênicos, considerando soja, milho, algodão, feijão e cana-de-açúcar.
Com isso, ocupa a 2ª posição no ranking de países que mais adotam organismos geneticamente modificados (OGM) nas lavouras.
As taxas de adoção chegam a 99% para a soja, 97% para o milho inverno ou safrinha, 98% para o milho verão e 99% para o algodão, dados da safra 2022/2023.
Comitiva do agronegócio brasileiro na China (Foto: Lucas Costa/MAPA)
A CLB integra a comitiva do MAPA na missão oficial à China, que é liderada pelo presidente Lula e formada por ministros, secretários e cerca de 200 empresários dos mais diversos setores produtivos.
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